terça-feira, 29 de janeiro de 2013

ALIMENTOS FUNCIONAIS (3)

SAIS


Sal Verde - como fazer um sal com menor teor de sódio, logo mais saudável.
 
2 colheres de sopa de oregano seco
2 colheres de sopa de manjericão ou manjerona seca
2 colheres de sopa de alecrim seco
2 colheres de sopa de salsinha seca
2 colheres de sopa de gergelim tostado
1 colher de chá de sal marinho ou sal grosso

Bata tudo no liquidificador.

Dica opcional:
1) passar tudo em uma peneira fina
2) substituir as ervas por ervas secas de provence
3) adicionar outros sabores, personalizando o sal:
- para um sal defumado, bata no liquidificador o chá chinês lapsang souchong
- para um sal à provençal, bata sal com lavanda seca
- para um sal indiano, bata com sementes de cardamomo, grãos de coentro…

Sais com poderes fitoterápicos
 
Sal de calêndula com cúrcuma = 100g sal + 10g cúrcuma + 20g calêndula. Secar a calêndula e bater todos os ingredientes no liquidificador ; em seguida peneirar.
A cúrcuma é antialérgica, antibacteriana, antiparasitária, antioxidante, anti-inflamatória, imunoestimulante, anticarcinogênica e hipoglicemiante.
A calêndula possui ação antifúngica, antibacteriana, antialérgica, anti-inflamatória, previne gastrite e úlcera; é antioxidante, reduz a peroxidação lipídica, é anticarcinogênica e hepatoprotetora.

Sal de zimbro = 100g sal + 10g de zimbro. Bater no liquidificador e peneirar
O zimbro possui ação antimicrobiana, antifúngica; efeito laxativo, através do estímulo do peristaltismo e da motilidade, aumentando a frequência evacuatória.

Sal de coentro em grão com pimenta= 100g sal + 10g de coentro em grão e 10g de pimenta preta ou preta em grão. Bater no liquidificador e peneirar
A pimenta possui ação anti-inflamatória, hipocolesterolemiante e anticarcinogênica.
O coentro melhora a motilidade e secreção gástrica, é antiiflamatório, possui ação antibacteriana, antiaterogênica e diurética.

Sal de ervas = 100g de sal+ 20g de cada erva (ou 20g de ervas de Provence) + 20g de gergelim tostado.
Salsinha, sálvia, orégano, manjericão, alecrim ou ervas de provance
A sálvia é anti-inflamatória, antimicrobiana, melhora o humor e performance cognitiva.
O orégano possui ação antifúngico, antioxidante a antimicrobiana.
O manjericão possui ação antioxidante, destoxificante e anticarcinogênica.
O alecrim possui ação expectorante, diurética, destoxificante, antifúngica, anticarcinogênica, anti-inflamatória e antioxidantes.
 
 

ALIMENTOS FUNCIONAIS (2)

LINHAÇA

Gel de Linhaça

Pode ser usado para sucos e bolos, no caso do bolo, manterá úmidade e deixará mais fofo, podendo utilizar menos quantidade de gordura, inclusive:
Coloque em um pote de vidro 5 colheres de sopa de linhaça marrom ou dourada e adicione 500ml de água.
Deixe de remolho na geladeira por 24 horas.
Se estiver muito compacto e sólido, adicione mais água.
Bata no liquidificador e armazene.
Dica prática:
Distribua tudo em forminhas de gelo e congele.
No caso do suco: retire um “cubinho” toda noite, para o dia seguinte.
Bata com o suco.
Se preferir pode coar o suco.
Farinhas de linhaça podem ser usadas em farofas doces e salgadas, bolos, crepes, por cima de saladas…no entanto, prefira o gel!
 

Azeite de Linhaça

Tão rico em ômega 3 quanto o oléo de peixe, o óleo de linhaça é uma alternativa para veganos e vegetarianos ingerirem estes ácidos graxos essênciais. Além disso, é também uma ótima fonte de vitamina B e zinco. Por ter um sabor levemente amargo, algumas pessoas preferem consumir este óleo em cápsulas, mas para quem ainda quer incorporar o óleo na sua alimentação do dia-a-dia eis uma receita fácil e charmosa:
 
Ingredientes

• 250 ml óleo de linhaça
• 50 ml azeite oliva orgânico
• 50 ml azeite de castanha do pará
• 1 anis estrelado
• 1 cardamomo
• 7 pimentas rosas
• 7 coentro em grão
• 1 col. (café) de sálvia
seca
• 1 col. (café) de alecrim seco
• 1 pitada de flor-de-sal
• 1 pitada de alho seco
• 1 canela em pau
• 3 cravos


Modo de Fazer
 
Misture e armazene em um vidro. Deixe adquirir sabor e aroma pelo menos por 24 horas. Com o tempo, ficará mais saboroso.
Assim, você terá um óleo nutritivo, saboroso e ainda com um charme todo especial. Para você, sua família e seus amigos saborearem aproveitar os benefícios da linhaça.


ALIMENTOS FUNCIONAIS

Banana Verde
 
A banana verde é um alimento funcional devido a presença da substância chamada de Amido Resistente: “Além do baixo custo e alto índice de Amido Resistente, a banana verde possui vitaminas e minerais e juntamente com o fator palatabilidade neutra revela sua potencialidade funcional e alternativa”.
Dietas enriquecidas com Amido Resistente contribui para manutenção da saúde, prevenção de doenças crônicas, como câncer e doenças do cólon, diabete tipo II, dislipidimias, doenças coronárias e obesidade. O amido e fibras presente na polpa e casca são superiores aos de cereais integrais. O amido não é digerido e não sofre absorção pelo intestino delgado, podendo ser fermentados no intestino grosso, produzindo ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), butirato, acetato e propianato. O AGCC reduz o ph do cólon, inibe a ação bacteriana e formação de ácidos biliares primários em secundários.
O pode funcional e as propriedades nutricionais são concentradas no vegetal em estado verde. A polpa verde cozida, sem o tanino, é composta por várias células de membrana rígida de protopectina e grãos sólidos de amido. Após o amadurecimento isso é transformado em pectina solúvel e açúcares simples, conferindo sabor doce e textura macia. 
A banana verde contém cerca de 20% de amido, e 80% dele são compostos por amilopectina. Esta enzima amilose não é alterada com o armazenamento nem degradada com o cozimento, ademais, a amilose retrogradada é mais fortemente ligada que amilopectina. Portanto, quanto maior o no conteúdo de amilose, menor será a ação enzimática e maior será o conteúdo de AR.
Destacam-se minerias Potássio, Fósforo, Cálcio, Sódio e magnésio e em frações menores o ferro, manganês, Iodo, Cobre, alumínio e Zinco; as vitaminas A, C e complexo B (B1, B2 e Niacina); possui baixo teor protéico, representado pela albumina e globulina; seus aminoácidos são asparagina, glutamina e histidina.
É considerado Prebiótico, pois o AR é um alimento ou ingrediente capaz de afetar de maneira benéfica o desenvolvimento e ou atividade de um número não limitado de espécies bacterianas. O AR é capaz de aumentar o volume e textura das fezes, acelerando o trânsito intestinal, facilitando sua excreção. Reduzindo câncer coloretal, diminuindo o tempo de exposição de substâncias tóxicas com a mucosa, com os ácidos biliares secundários (que possuem ação tóxica sobre a mucosa colônica, aumentando a proliferação celular e a susceptibilidade para o desenvolvimento de tumores). O AR forma um gel pela fibra, aumentando a excreção destes ácidos biliares;
É considerado Simbiótico, pois aumenta o número de lactobacilos no intestino, mesmo ausência prebióticos, os grânulos de amido aderem às bactérias durante a passagem pelo trato gastrintestinal. Possue AR1 (grânulos fisicamente inacessível) e AR2 (grânulos resistentes).
 
Receita de Biomassa de Banana Verde
 
Separe com faca ou tesoura as bananas verdes não aclimatizadas do cacho com o cuidado para manter os talinhos na banana, lave-as bem. Coloque água me uma panela de pressão e quando abrir fervura adicione as bananas verdes com casca, feche a panela e deixe adquirir pressão. Após o barulho típico da pressão abaixe o fogo e deixe por 10 minutos. Desligue o fogo, não abra a panela, deixe perder a pressão naturalmente. Destampe-a e descasque as bananas com o auxílio e um garfo. Em seguida centrifugue ou bata no liquidificador até transformar em uma pasta quente. Não espere esfriar para bater no processador ou liquidificador, pois ao endurecer terá que voltar em água ou banho maria, caso contrário ficará tão dura que não será possível batê-la novamente. Não dispense a casca, armazene em um pote com água e vinagre, na geladeira, por até 5 dias. A casca pode ser cortada e refogada como um legume ou picada ou processada até ficar como uma pasta; pode ser incorporada em diversas receitas como no tabule, quibe, cuscuz, farofa, arroz, bolos, pães.
 

GLÚTEN: algumas considerações bem relevantes

Repensando nossos hábitos alimentares
 
A sensibilidade ao glúten associada à vulnerabilidade genética gera outras doenças. A doença do glúten pode ser chamada de doença do cérebro, dores de cabeça, fadiga, reumatismo, distúrbios psiquiátricos primários, depressão, ansiedade, déficit de atenção, falta de cognição, epilepsia, psicose, esquizofrenia, problemas de tireoide, obesidade, doenças de fígado e de outros órgãos: doenças e problemas sistêmicos.
 
“O glúten faz com que chegue menos sangue ao cérebro”

O glúten é uma proteína e a resposta do organismo são as doenças imunológicas. Ele causa dano internamente e os sintomas são os últimos a aparecer, começa na vida intra-uterina, na infância e só na fase adulta aparecem os sintomas.
Permeabilidade Intestinal: Nosso intestino, em sua mucosa intestinal, possui as microvilosidades; nestes filamentos ocorrem as passagens dos nutrientes. Quando ingerimos um alimento ele se quebra em macro-moléculas que ficam dispostas em uma “sopa” gástrica até que passem a ser micro-moléculas; mas tudo que comemos de errado ou todos os nossos péssimos hábitos fazem com que a parede da mucosa intestinal fique exposta, o que permite a entrada das macro-moléculas. Ao entrarem, elas são encaradas como inimigas e invasoras, por exemplo: entra uma macro-molécula de morango; o morango passa a ser um vilão e fica a memória. Passamos a ter alergia a morango. Com tantos alimentos “invasores”, nosso sistema imunológico fabrica mais linfócitos e ficamos com acúmulo de linfócitos em lugares errados, o que gera processo inflamatório.
Esses problemas de Permeabilidade Intestinal gera problemas de absorção de moléculas, como a de cálcio (não adianta ingerir cálcio), também precede doenças auto-imunes, inflamações sistêmicas e doenças degenerativas (3° lugar de causa mortis).
Podemos parar de comer glúten, mas estudos mostram que mesmo com as microvilosidades curadas, ainda ficamos inflamados.
Não adianta ficar um tempo sem comer glúten, a intolerância é permanente; se comermos uma vez por mês ainda assim teremos 6 vezes mais riscos de morte. Uma só exposição ao glúten desencadeia efeito cascata de inflamação.
 
“Cada vez que ingerimos glúten é como se jogássemos gasolina em um incêndio, isso gera mais doenças e o médico trata do sintoma e não da causa”.
 
Estudos revelam que depois de 9 anos de uma alimentação sem glúten, 75% ainda possuem problemas de permeabilidade intestinal, ou seja, problemas relacionados ao mecanismo auto-imune. Precisamos ingerir Vitamina D que ajuda na modulação para curar a permeabilidade intestinal e ajuda a reconstruí-lo, conserva as microvilosidades e preserva a função de integridade das paredes. Não só a Vit D, mais também: probióticos, ômega 3, glutamina, cúrcuma (ou curry). O certo é comer de 3 em 3 horas mas se não puder, ingerir 1 colher de sopa de proteínas em forma de shake. Na alimentação devemos ingerir proteínas, carboidratos complexos e gorduras boas, pró-bióticos (banana verde, gel linhaça), fitoquímicos encontrados na ameixa, kiwi, uva, maçã, chá verde, açaí, frutas vermelhas…
A conclusão é que não podemos exagerar no consumo de nada, precisamos fazer uma rotatividade com os alimentos. Se não estamos acostumados desde a fase intra-uterina e na infância, a probabilidade de termos alergias desse alimento é grande.
A má nutrição, toxinas ambientais (poluição, agrotóxicos), medicamentos, estresse, migrantes de embalagens como ftalatos e BPA, PCBs e POPs, proteínas alergênicas (como caseína do leite, gliadina do glúten…) fazem mal ao nosso organismo e geram inflamações.